Clube de Tecnologia trabalha automação e robótica nas escolas municipais de Timbó

0
191

Neste mês de março foram iniciadas as aulas do Clube de Tecnologia, na Escola Municipal Pe. Martinho Stein. Ano passado apenas um projeto piloto havia sido realizado na mesma escola. Duas turmas de 15 alunos cada assistem as aulas às terças-feiras, numa sala montada especialmente para a atividade, no contraturno escolar. Serão ministradas por semestre 30h de aula para cada turma, formada por alunos do 6º ao 9º ano. A participação no Clube de Tecnologia é bem democrático, já que os alunos escolhem se querem ou não participar.

De acordo com o professor e mestre em Ciências Naturais e Matemática, Douglas Ropelato, responsável pelo projeto nas escolas municipais, o principal objetivo do Clube de Tecnologia é fomentar a ciência e a tecnologia aplicada em sala de aula. “A robótica está inserida nesse contexto. Junto com a automação e com o conhecimento de outras ciências, ela é mais uma atividade realizada dentro do Clube de Tecnologia”, explica.

Ainda segundo o professor Ropelato, até o início do próximo semestre o Clube de Tecnologia deverá estar implantando em todas as escolas municipais. “O objetivo apresentado pelo projeto Clube de Tecnologia é a criação de um cenário que conecte os alunos de todas as escolas municipais com a tecnologia e a computação, arcabouços da nova sociedade, mas com ênfase em fundamentos das ciências”, frisou.

O secretário de Educação do município, Alforh Postai, afirma que o treinamento dos demais professores já começou. “Eles já estão participando do Clube de Tecnologia desenvolvido na Escola Pe. Martinho Stein, para depois serem os responsáveis por desenvolver todo o projeto nas outras escolas da rede municipal”. 

Desenvolvido pela Secretaria de Educação o Clube de Tecnologia das escolas municipais de Timbó tem uma parceria com a Furb, através do Programa de Pós-Graduação em Ensino, Ciências e Matemática (PPGECIM).  Por isso estão também envolvidos nessa cooperação mútua de tecnologia e ciência professores da Furb, como o professor doutor em Física, Elcio Schuhmacher e o professor doutor em Física e Mecânica, Robson Denke. 

Como serão as aulas

O professor Douglas explica que as 30 horas de aula serão dividias em quatro fases: Na primeira fase são analisadas questões científicas como das correntes elétricas, voltagens e resistências; na segunda a automação, quando os alunos tem contato com microcontroladores (arduinos), programação básica, utilização de sensores e motores, e experimentos direcionados (detecção de movimento, ascendimento de leads, fazer um carrinho andar e utilização de bluetooth, por exemplo). 

Na terceira fase os alunos entram de cabeça na automação e seus componentes. Momento em que os alunos começam a criar seus próprios experimentos, como a construção de uma garra, um carrinho, um drone, um sistema de luz ou um sistema de segurança, entre outros.

Na quarta fase os alunos fazem o compartilhamento de seus experimentos e todos os resultados alcançados. Nesta fase, por exemplo, os alunos produzirão vídeos, imagens e relatórios para poderem apresentar seus trabalhos a outras turmas ou dividi-los através das redes sociais. O professor Douglas observa ainda que na segunda fase em diante os alunos começam a aprender noções sobre o código fonte (linguagem de programação) de uso profissional.

Conforme o professor Schuhmacher um simples controle remoto, um celular, ou mesmo uma lâmpada, olhados de fora, parecem mais uma “caixa preta”, que guarda mistérios da tecnologia e das ciências. Segundo ele, no nosso dia a dia os produtos tecnológicos parecem equipamentos complexos que demandam conhecimentos aprofundados na área da engenharia ou da tecnologia, mas para especialistas, são apenas alguns princípios da ciência moderna. “Muitos desses princípios fazem parte de experiências fáceis, que podem ser realizadas com materiais encontrados na cozinha de casa, em supermercados ou mesmo em sucatas eletrônicas”.

No desenvolvimento do projeto Clube de Tecnologia, além de toda ciência e tecnologia envolvidos, os alunos são instigados a desmontar, analisar e criar novos mecanismos. Para isso eles utilizam diversas ferramentas que ainda que sejam simples são desconhecidas para grande parte dos alunos, como chaves de fenda, alicate, ferro de solda, multímetro, pistola de cola quente, tesoura, estilete, serrote, micro retífica com brocas, lixas, entre outros.

Assessoria de Comunicação

Fotos: Gustavo Peyerl

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here