Nota à imprensa sobre o atendimento pediátrico no município de Timbó

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Com relação à notificação deferida ao município, pela justiça de Timbó, para acabar com a fila reprimida nos atendimentos pediátricos, a secretária de Saúde, Deise Adriana Nicholletti Mendes, disse que essa preocupação sempre existiu, mas são vários os gargalos que impedem a agilidade nessas consultas. “Hoje temos três médicos pediatras, sendo um deles cirurgião, que atende em média 20 crianças por mês e realiza 05 cirurgias nesse período”.

Deise explica que um dos maiores gargalos são as escolhas de médicos, prática quase cultural realizada em Timbó. Segundo ela, a rotina antiga de marcar as consultas com médicos pediatras escolhidos pela família retarda os atendimentos, porque geralmente um profissional fica com mais consultas, ocasionando filas reprimidas.

“Essa determinação da fila única por parte do MP é reconhecida como válida por nós da Secretaria de Saúde e certamente irá reduzir essa fila reprimida. Ou seja, agora, por determinação da justiça, a fila no atendimento pediátrico será uma só, sem a possibilidade de escolha do profissional pelos pais, mas com as consultas distribuídas conforme rendimento diário do corpo clínico. O município, por meio da Secretaria de Saúde, irá tomar as medidas determinadas pelo MP, por meio da justiça, sem prejuízo da adoção judicial cabível”, afirma Deise.

Outro fator que aumenta a espera na fila são as desistências das consultas pré-agendadas, sem a devida comunicação. “Chegamos a ter meses que essas desistências somam 20 a 30% do número de consultas pré-agendadas, o que retira a vez de outras crianças que realmente precisam do atendimento pediátrico.

Deise Mendes. Foto: Daiane de Souza

A secretária Deise explica ainda que as determinações legais nunca foram desrespeitadas pelo município, “o que se buscava fazer era continuar uma prática antiga no atendimento pediátrico, solicitada pelos próprios pais”.

A secretária salienta também que os acompanhamentos (retornos) também atrasam as consultas na Policlínica de Referência. “Sempre foram feitos dentro da Policlínica, atrasando ainda mais os atendimentos de quem estava na ponta da fila. Esses novos protocolos de atendimento na área infantil já começarão a ser aplicados essa semana. Os pais precisam entender que os acompanhamentos médicos devem ser feitos na Unidade de Saúde do Bairro. Só tem necessidade de fazer o acompanhamento na Policlínica, com médicos especialistas, os casos identificados como mais graves”.

Outro agravante na relação atendimento demanda, que coopera para a formação de filas, são os casos que precisam de atendimento de média e alta-complexidade. Segundo a secretária, eles são uma obrigação do Estado e do Governo Federal. Nesses casos, ela explica, os pacientes têm seus nomes incluídos na lista do SISREG, controlada pelo Governo do Estado, que distribui mensalmente números determinados de consulta para cada especialidade, obviamente, sempre abaixo do que demanda o município de Timbó, que atende, através de um pacto, mais quatro municípios da região.

A secretária Deise disse ainda que tanto as consultas distribuídas dentro do município, quanto aquelas efetuadas pelo sistema SISREG, do Estado, têm prioridade no atendimento, basta para isso que no prontuário do paciente esteja identificado como sendo um caso de urgência ou emergência.

Com relação à publicidade das filas, também relacionada no pedido do MP, tanto o SISREG quanto o sistema OLOSTECH – próprio do município para consultas de baixa complexidade -, estão publicitadas no site oficial da Prefeitura, em www.timbo.sc.gov.br, na aba Portal do Cidadão e na aba Saúde, respectivamente.

Deise afirma ainda que a Secretaria de Saúde de Timbó está em constante alerta e que junto com seus profissionais busca melhorar cada vez mais o atendimento aos usuários do sistema. “Somos um dos municípios que mais investe na saúde em nosso Estado. São 27 milhões ao ano e poderá chegar a R$ 30 milhões ano que vem, o que corresponde a 25% do orçamento do município, bem mais do que os 15% exigidos por lei”, destaca.

Ela relaciona ainda as 25 especialidades que fazem parte do atual quadro de atendimento da Saúde municipal: angiologista, cardiologista, cirurgia em ginecologia, cirurgia urológica, cirurgião geral, clínica médica, dermatologista, endocrinologista, fisioterapeuta, fonoaudióloga, ginecologista e obstetra, infectologista, nefrologista, neurologista, odontologia: ambulatorial de endodontia, prótese dentária e raio-x odontológico, odontologia: cirurgia traumatologia bucomaxilofacial, ortopedista e traumatologista, otorrinolaringologista, pediatra, perito/médico do trabalho, proctologista, psiquiatra, centro de imagens: radiologista, ultrassonografista e urologista.

No momento os médicos pneumologista, gastroenterologista e ultrassonografista, explica a secretária, que fazem parte do quadro de especialistas, estão em processo de credenciamento, já que aqueles profissionais que estavam em serviço foram trabalhar em outros centros. “Na ultrassonografia, atualmente, já fazemos diversos atendimentos com os médicos que temos, mas alguns exames como de mão, pé e quadril aguardam um profissional especializado, porém, se houver um pedido nesse sentido, a própria secretaria encaminha o paciente para outra praça sem qualquer custo para ele”.

Assessor: Sócrates Prado
Foto: Daiane de Souza

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