No dia 24 de março acontece a 8ª Conferência Municipal de Saúde de Timbó. O evento, que acontece a cada quatro anos, busca mobilizar e estabelecer um diálogo com a população e profissionais da saúde, estabelecendo as demandas e prioridades locais.

Através de um formulário on-line, toda a população poderá enviar a sua contribuição. Estas propostas recebidas serão discutidas no dia da Conferência. “Estamos numa fase importante deste processo. É hora da população participar e enviar as sugestões de melhorias na Saúde de Timbó”, disse o secretário Alfredo João Berri.

O tema da 8ª Conferência Municipal de Saúde deste ano é “Amanhã vai ser outro dia: Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia”.  Ainda de acordo com o secretário, os interesses coletivos da população timboense serão levados para o âmbito estadual e federal, contribuindo na construção de melhores políticas públicas de Saúde.

As contribuições devem ser feitas dentro de um ou mais entre os quatro eixos temáticos: Eixo I – O Brasil que temos. O Brasil que queremos; Eixo II – O papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas; Eixo III – Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia; e Eixo IV – Amanhã será outro dia para todos. Confira abaixo a explicação de cada um para saber em qual deles direcionar a sua proposta.

Cada pessoa pode enviar uma proposta para cada eixo, mas não é obrigatório enviar proposta para todos os eixos. Acesse aqui o formulário para envio de propostas. Poderão ser enviadas propostas até 17 de março.

Conferência Municipal de Saúde

A Conferência, no dia 24 de março, irá acontecer no CIC – Centro Integrado de Cultura Ingo Germer, das 7h30 às 17h. O evento é aberto a toda população, que deve se inscrever no link aqui.

Entenda cada eixo

Confira abaixo a explicação sobre a ideia de cada eixo, para saber para qual deles você deve direcionar a sua proposta:

EIXO I – O BRASIL QUE TEMOS. O BRASIL QUE QUEREMOS

Contextualizando o panorama geral da saúde no Brasil nos últimos tempos, podemos destacar que vivenciamos o agravamento das dificuldades econômicas que contribuem para o aumento da pobreza que afeta principalmente os grupos mais vulneráveis. Além da crise financeira, o desfinanciamento da saúde, somados ao congelamento dos recursos orçamentários para as despesas em saúde, ainda sofremos com a fragilidade dos programas nacionais que garantem os direitos à saúde. Por isso, traçar o futuro do Sistema Único de Saúde depende da garantia de um modelo econômico que privilegie a destinação dos recursos financeiros para a Saúde, que fortaleça o SUS.

EIXO II – O PAPEL DO CONTROLE SOCIAL E DOS MOVIMENTOS SOCIAIS PARA SALVAR VIDAS

A pandemia da Covid-19 (coronavírus) desencadeou uma crise global, levando os sistemas de saúde ao colapso e aprofundando as desigualdades e injustiças sociais. O empenho e compromisso social junto às autoridades brasileiras, gestores e profissionais de saúde, fizeram movimentos técnico-operacionais que contribuíram para o enfrentamento e controle da pandemia. Nesse aspecto, a parceria e a integração dos diferentes segmentos sociais e gerenciais são fundamentais para o desenvolvimento de políticas públicas custo-efetivas que salvam vidas, como foi o caso da pandemia da Covid-19.

EIXO III – GARANTIR DIREITOS E DEFENDER O SUS, A VIDA E A DEMOCRACIA

O SUS é uma expressão do direito humano à saúde, sustentado pelos princípios de universalidade, equidade e integralidade do cuidado. Esse direito está previsto na Constituição e organizado por meio do SUS,  através de políticas públicas e determinações sociais, a fim de atender às necessidades de saúde das pessoas em todas as suas diversidades. A participação social no contexto do SUS também está prevista na Constituição e é exercida através dos Conselhos e Conferências de saúde. Todo processo de construção do sistema foi pautado pela luta social, com participação direta do povo, sendo um exercício de cidadania e materialização de direitos. Historicamente, o SUS passou por avanços e retrocessos, porém o Brasil é o único país do mundo com um sistema de saúde acessível a todos. O controle social tem papel de garantir a continuidade da organização, em detrimento ao lucro e a privatização.

IV – AMANHÃ SERÁ OUTRO DIA PARA TODOS

Um dos objetivos da Conferência é apontar os rumos e desafios para a saúde nos próximos quatro anos. É de responsabilidade do Estado a implementação de políticas públicas, para garantir qualidade de vida, segurança social e saúde, sem privilégios ou discriminações. Nesse momento, é fundamental que os princípios construídos há décadas possam ser reafirmados para retomar o caminho de avanços e conquistas para o povo brasileiro. Espera-se que seja fortalecida a premissa de que o SUS é um sistema único e universal, que os pontos e redes de atenção à saúde devem ser estratégicos e descentralizados, e os profissionais de saúde precisam ser valorizados. Além disso, é fundamental a defesa da atenção básica em saúde, como grande ponto de prevenção de agravos e vigilância em saúde. Para tanto, o financiamento do SUS precisa ser garantido.

 

Assessora: Raquel Piske/Ascom PMT

Arte: Ascom PMT

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